rua do medo: 1994
Rua do medo: 1994 não promete nada e entrega exatamente o que promete.
Um típico filme de terror adolescente sem conteúdo que busca uma história porca e sem sentido para justificar sua perseguição e a criação do filme em si, que justifica seus atos através da ideia sobrenatural de uma bruxa e que gasta dinheiro com litros de sangue fazendo cenas de violência gráfica pra trazer ao filme o minimo de interessante ao consumidor da obra. Uma considerada vergonha ao género de terror, pois isto não é, e causa no máximo desconforto em quem o assiste, vale lembrar que não diz respeito ao seu título buscando pouquissímo ao tema da década de 90 e tendo zero baseamento histórico, culminando em focar em relacionamentos para chamar mais atenção dos adolescentes da nossa atual época.
É visivelmente um clássico filme adolescente que poderia ter sido tranquilamente feito por um canal de televisão infanto-juvenil, e por pior que seja, pode sim trazer certo entretenimento em suas longas uma hora e cinquenta de filme. O longa é claramente focado em públicos adolescentes, tendo em vista sua necessidade constante de trazer cenas de romance e relacionamento entre os personagens e um backstage para os mesmos, com a tradicional tática de trazer-nos empátia e vontade de acompanhá-los ao decorrer da história, para compensar a falta de contexto e conteúdo dos assassinatos, fazendo assim nos desviar o olhar dos furos de roteiro entre outros erros gritantes da obra.
Mesmo com todos os motivos mencionados anteriormente, o filme conseguiu reconhecimento o suficiente para ter diversas continuidades, e isso se é devido pelo público adolescente que conseguiu alcançar, a obra não tem objetivo de ser boa, mas sim de lucrar e se tornar mais um daqueles clássicos ruins mas divertidos de se assistir e acompanhar, ele sempre será ruim aos olhos daqueles que vêem com clareza para o longa, mas é inteligente pois tem como objetivo alcançar os olhares do seu público alvo e fará independente das críticas negativas que vierem com ele, e conseguiu e consegue chegar em seus objetivos. Para mim, no futuro ele conseguirá sim se tornar um clássico que assistimos quando passa em tv aberta, mas isso não o torna bom e considero uma gafe dos produtores que pensam assim e usam essa estratégia, até porque como cineasta não gostária de ser reconhecida por trabalhos ruins.
O que me prendeu ao filme e me permitiu continuar a assistí-lo, foram pequenos detalhes como por exemplo dois personagens, que acabam por morrer de maneira extremente idiota ao fim do filme e apenas personagens com zero carisma permacem, oque é de todo triste porque sem a morte deles poderia o transformar em um filme um pouco menos irritante. Podemos ver pelo final do filme, que a ideia desde o príncipio era termos continuidades da obra, o final em aberto nos prova que mesmo tendo que fazer um final gritantemente ruim, a continuidade é o que importava.
No fim esse filme é só uma grande estratégia cinemátografica para trazer lucro e reconhecimento a longo prazo, que no fundo pode ser divertidinho e é sim muito inteligente no fim das contas, temos sempre que ter em conta o objetivo do mesmo, e por isso só podemos deixar de lado seus erros e aproveitar o que nos é entregue, porque buscar usar o cerébro nessa obra é o que nos torna os burros.